segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Correio da amizade - take 6

Correio da amizade - take 6 Cartas de amor, quem as não tem!? Recebemos cartas de amor de vários participantes. A Inês Sales e a Catarina Medeiros mandaram-nos cartas de amor. Também o Micaelo e a Marta nos mandaram mensagens muito belas para os seus amores. Publicamos as cartas de amor da Sofia, da Marisa e da Beatriz.
Eis a carta da Sofia, 11ºA Rua Lagoa de Quiaios, 14 Fevereiro 2021 Querido R, Neste poço infindável de pensamentos e memórias tenho a certeza, que quando a insónia bate à porta e tu decides entrar sem permissão, ainda encontro palavras de amor para ti... Sabes, ainda fico em êxtase, quando olho para ti e vejo nesses teus olhos meigos a pessoa por quem me apaixonei...ainda sinto naquele teu sorriso a cumplicidade que criamos e alimentamos com palavras carinhosas e desalinhos...descanso a minha mão na tua e simplesmente esqueço-me que estamos rodeados de pessoas, porque tudo o que resta és tu. Vou àquela noite, àquele momento, pouso novamente os meus braços nos teus ombros e as palavras, sob as quais estamos a dançar, exprimem tudo aquilo que o meu coração te queria dizer, mas não teve coragem e fazem com que o teu coração bata de aconchego ao meu... Ali sentíamo-nos seguros, uma certeza momentânea, porque sabíamos que estávamos a reviver o nosso verão, mas assim que a música deixasse de tocar o retorno ao nosso inverso era incontornável. Apesar do inverno ter sido turbulento e ter perdurado, sei que a amizade e a confiança que plantámos, permanece no cerne da alma daquela casa, no calor daquela fogueira que aquece os nossos corações e nos acordes daquelas músicas tão especiais. Estas serão, certamente, as últimas palavras de amor que me restam para ti, mas fico feliz, porque nem tudo precisa de ser fogo e paixão. Normalmente, o que resta desse tipo de sentimentos é rancor e frustração, enquanto de cumplicidade e amor resta apenas amizade e paz. Com saudades Mel Carta da Marisa Corroios, 9 de maio de 2020 Olá Guilherme, Tudo bem? Mais uma vez estou a escrever-te pois tenho imensas saudades tuas, ainda me lembro como se fosse ontem a primeira vez que te vi naquele concerto, com aquele reluzente bronze de verão no meio da multidão. Estar longe de ti faz-me relembrar esses dias … e como me apaixonei por ti, no fundo foste tu desde o primeiro dia. Numa mensagem diferente de todas as outras conquistaste o meu coração e em todas as minhas palavras sempre que te escrevo, confesso a nuvem de pensamentos que é a minha mente, e hoje eu confesso-te que te amo… Mas o que é o amor? Com todo este tempo livre e sendo uma mulher dedicada à ciência sei conscientemente que são as reações químicas no meu cérebro que me fazem amar-te, todavia doida como sou, acho que é muito mais que isso. Porque perdida na imaginação acredito que o meu coração te idolatra, pois só contigo é que ele palpita mais depressa, no entanto só contigo é que encontro paz. Perco-me nos teus braços, nos teus beijos, nos teus olhos, sou totalmente perdida em ti, era capaz de te admirar horas e horas ali ao pé de mim. Estudar cada sensação de cada toque teu e toda a magia que acontece quando estamos juntos; classifico o nosso amor do mais cliché ao mais extraordinário, talvez pela forma como a nossa comunicação é única e nos faz lutar um pelo outro, de uma forma que eu nunca antes tinha experienciado. Poderia enumerar as mil coisas que eu amo em ti, mas é tudo tão inexplicável, porém eu vou tentar, talvez começando pelas sensações; entre abraçar-te e dar as mãos, quando os nossos lábios se tocam são a minha sensação favorita, algo tão simples que me deixa tão feliz. Continuando a minha viagem de sensações a do teu toque é me essencial, eu preciso dele e agora mais do que nunca, as saudades só aumentam e não vejo a hora de te poder ter junto a mim. Por fim, para terminar a minha viagem de sensações tenho o teu olhar, quando esses olhos de chocolate se cruzam com os meus, o mundo pára e eu apaixono-me ainda mais, no fundo és tu e espero que sejas sempre tu. Com saudades e amor, Sofs Carta da Beatriz Lisboa,14 de fevereiro de 1989 Para o meu grande amor, Espero que estejas bem onde quer que estejas, na realidade não sei bem porque te escrevo esta carta pois o mais óbvio é não ser lida mas queria-te falar de uma simples coisa que aprendi durante todos estes anos. O que aprendi? Deves estar a perguntar te, um ser insensível como eu, cego e insensato. O que poderia ter eu aprendido? Bem aprendi o significado de amar, ser amado, amar alguém. Meti o meu orgulho de lado e ressaltou me um sentimento que neguei todos estes anos. Neguei te a ti, meu amor, errei demasiado contigo. Disseram-me que amar alguém é fazer todos os possíveis e impossíveis por esse alguém, amar incondicionalmente. É dar tudo o que temos e não temos e nem sequer esperar por algo em troca. É comer do mesmo pão, partilhar das mesmas alegrias e tristezas. É saber que pode ser arriscado mas mesmo assim arriscar tudo. É nos sentirmos no topo do mundo ou a cair de um prédio muito alto. É amar alguém como eu achei que te amava. Sinto me só, fui egoísta, só me restam memórias. Sinto falta de tudo até das pequenas coisas. Daria tudo para te ter de volta, a ti e ao teu corpo, à tua voz e às tuas perfeitas imperfeições. Não sou a melhor pessoa do mundo mas contigo sentia me especial, como se nada nem ninguém me pudesse atingir. Não te posso pedir nada, nem que me perdoes, porque sinceramente nem mereço consideração. Mas imploro-te que leias esta carta, não quero uma resposta mas quero aliviar este peso que tenho na consciência que levarei até ao meu fim. Desejo te felicidades, saúde mas acima de tudo desejo te amor, que encontres alguém que já tenha percebido o significado de amar e que te ame como eu nunca o fiz. Eternamente tua, Bia Beatriz Brito 11ºG

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